Cinema. Sou
fascinado pela tela grande. A sala escura, o som alto, um monte de gente
reunida, rola um astral bacana. Não se trata da mesma sensação como a de uma
partida decisiva de futebol em estádio lotado ou quando estamos na platéia
acalorada e vibrante de um grande show musical - nem se compara, mas é
igualmente gostosa. Principalmente quando o filme tem a dose certa de emoção,
fazendo a gente sair refletindo e comentando com todo mundo.
Sei de algumas pessoas que não
curtem ir ao cinema, por um ou outro motivo (acredite, elas existem!!!). Detestam mesmo. Nem é por considerarem um entretenimento caro
(que de fato é), elas sentem, realmente, uma certa aversão. Algumas pessoas apenas
não querem trocar o conforto do lar. Para quem tem uma sala de cinema dentro de
casa, fica fácil. Não é o meu caso, pelo menos não ainda... Mas também não
trocaria, jamais!
Tem filme feito pra cinema que
nada perde na tela pequena de uma televisão, no entanto, seja numa tela de
cinema ou numa tela de celular, ou de um iPad, o legal é desfrutar de um bom
filme e se divertir.
Certa vez, vi um filme no
cinema, daqueles com a dose certa de emoção, e logo que saiu em DVD corri pra
pegar. Numa determinada cena, senti a diferença do tamanho da tela, mas absorvi com o mesmo prazer da telona, isso porque o filme
fala por si só - a imagem, a música, a viagem da câmera, agindo como cúmplices,
nos conduzindo para bem longe em nossos pensamentos, sem se desgrudar da ação e
sem fugir da proposta do filme.
Refiro-me ao filme Mar Adentro, de Alejandro Amenábar. Com
a primorosa e convincente atuação de Javier Bardem. Baseado numa história
verídica, o filme abocanhou o Oscar de melhor filme estrangeiro (em 2005, se
não me engano), e mais de uma dezena de outros prêmios na Europa. Para quem
ainda não viu, passe na locadora. Quem já viu, que tal rever? Vi três vezes e a
cada repetição uma nova descoberta.
A cena que mencionei acima,
expressa o tamanho da grandeza em que um filme bem feito, com ótima direção de
fotografia, capaz de fazer a gente ficar impressionado, surpreso e satisfeito,
fazendo valer cada centavo do ingresso. O filme é muito mais que essa cena, que
nada mais é do que um recurso simbólico, uma tentativa certeira de nos fazer
olhar para dentro e para fora do outro. Na verdade, a emoção será maior ao
entender o que representa a viagem que a cena mostra, mas só vendo o filme
todo.
Espero que você sinta a mesma
emoção que eu senti durante todo o filme.
Segue, então, um aperitivo. Em
tela pequena.
Márcio Luiz Soares
Se quiser ver no Youtube, numa tela maiorzinha, clique aqui.
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